sábado, 19 de novembro de 2011

Como escolher o piso ideal para casa

Na hora de escolher o revestimento do piso, não há quem não fique perdido por conta de tanta variedade. Alguns pisos sugerem conforto, outros conferem glamour à decoração, enfim, existem opções para todos os bolsos e gostos. Mas diante das inúmeras opções de piso disponíveis no mercado é preciso ser criterioso na hora da escolha. Saiba como acertar na compra: 
Mas antes de escolher é preciso levar em conta qual o tipo de ambiente queremos. Desenhos e tons delicados deixam os ambientes mais suaves, já revestimentos brilhantes e com cores mais fortes vão agradar em cheio aqueles que preferem ambientes mais modernos. Mas tão ou mais importante quanto, há outros itens a serem considerados sempre, que são cor, textura, tamanho, resistência mecânica, nível de absorção de água, além das tendências do momento.

OPÇÕES DE MATERIAIS
Cerâmicas e porcelanatos
  • Bons para: todos os tipos de ambientes.
Fonte: Getty Images
Considerado um revestimento nobre, o porcelanato é resistente, bonito e fácil de manter. A boa nova é que os modelos deste piso estão cada vez mais acessíveis. Para áreas sociais, escolha modelos lisos. Já as cerâmicas que imitam madeira estão fora de moda. Na dúvida, opte por peças de 30 cm x 30 cm, formato recomendado para todos os ambientes. Para economizar na limpeza, escolha modelos escuros. Assim, você vai prestar menos atenção se um fio de cabelo cair sobre o piso do seu banheiro. Evite assentá-los na diagonal. Isso diminui a sensação de espaço.
Vinílicos e laminados e carpetes de madeira
Fonte: http://www.olharmoderno.com/
  • Bons para: Ambientes secos.
Qualquer um desses revestimentos pode ser aplicado sobre um piso já existente, desde que a superfície esteja firme e plana. Além disso, a instalação é rápida e não faz sujeira. Os modelos vinílicos estão disponíveis em cores lisas, que fazem os ambientes parecerem maiores. Existem dois tipos de pisos vinílicos: piso vinílico em placa e piso vinílico em manta. Os pisos laminados enfrentam bem riscos e manchas. Já o carpete de madeira evita dor de cabeça com mão-de-obra, pois, em geral, a compra inclui a instalação.
  • Evite usar em: áreas úmidas e expostas ao vapor, além de casas no litoral.
 COMO ESCOLHER O REVESTIMENTO CERTO
Quando for comprar piso para sua casa, use a tabela baseada no índice PEI(Porcelain Enamel Institute) , sigla que representa o nome do instituto que regulamentou as normas para a classificação do revestimento cerâmico, de acordo com a resistência ao desgaste que o material suporta, sem ter seu aspecto visual danificado. O PEI varia de um a cinco. Quanto maior o número, mais resistente e adequado às áreas de maior circulação. Abaixo está uma relação de orientação com o grau de resistência do piso e do local onde é apropriado usá-lo.
Classes de resistência e abrasão

PEI 0 - o produto é recomendado somente para uso em paredes;

PEI 1 - baixíssimo tráfego; o produto pode ser utilizado em banheiros residenciais que não tenham porta externa, movimento baixo de pessoas e sem sujeira abrasiva;

PEI 2 - baixo tráfego; o produto pode ser utilizado em banheiros e dormitórios residenciais que não tenham porta externa, sujeira abrasiva e movimento moderado de pessoas;

PEI 3 - médio tráfego; o produto pode ser utilizado em todas as dependências residenciais sem portas externas;

PEI 4 - alto tráfego; o produto pode ser utilizado em todas as dependências residenciais e pequenos ambientes comerciais que não tenham portas externas, como por exemplo: salas comerciais de shoppings ou galerias. Pode ter porta externa, porém com pouca sujeira abrasiva;

PEI 5 - altíssimo tráfego; o produto pode ser utilizado em todas as dependências residenciais, comerciais e em algumas dependências industriais.



sábado, 29 de outubro de 2011

Kenzo Tange

Kenzo Tange. Fonte: http://en.wikipedia.org/
Kenzo Tange nasceu em Osaka, Japão em 1913. Ele se formou na Universidade de Tóquio em 1938 e trabalhou até 1941 para Kunio Maekawa, um discípulo japonês do grande mestre de origem suíça Le Corbusier. Estudou planejamento urbano na escola de pós-graduação da Universidade de Tóquio onde tempos depois assumiu uma posição como professor assistente de arquitetura. Ele recebeu um diploma em engenharia em 1959. Dois anos mais tarde inaugurou o estúdio de arquitetura Tange Kenzo Tange + Urtec que mais tarde tornou-se Kenzo Tange Associates. Atuou como professor de engenharia urbana da Universidade de Tóquio 1963-1974, onde se aposentou como professor emérito.
Em seus primeiros desenhos,Tange tentou combinar modernismo com formas tradicionais da arquitetura japonesa . No final dos anos 1960 abandona o regionalismo dos projetos anteriores em favor de um estilo abstrato internacional. Apesar de seus estilos se transformarem ao longo do tempo, seus projetos tem consistentemente base em uma ordem estrutural clara .


Refletindo a influência de Le Corbusier, sua filosofia urbana determina a geração de cidades abrangentes, preenchidas com megaestruturas que combinam elementos de serviço e transporte. Embora constantemente associado com o movimento Metabolista por causa de suas idéias funcionalistas, ele nunca pertenceu ao grupo.
St. Mary's Cathedral, Tóquio (1964).
Fuji TV Building em Odaiba, Tóquio (1996). Fonte: http://www.flickr.com/

Influente como professor de arquitetura moderna, Tange recebeu as medalhas de ouro do RIBA, o AIA e da Academia Francesa de Arquitetura. Ele também recebeu no ano de 1987 o Pritzker Architecture Prize.
Tange, criador do horizonte pós guerra japonês, faleceu em 23 de março de 2005 aos 91 anos de idade, em sua casa em Tóquio.  
Overseas Union Bank Centre, UOB Centre. Singapura (1986). Fonte: http://en.wikipedia.org/
Referências
SHARP, Dennis. A Enciclopédia Ilustrada de Arquitetos e Arquitetura. New York: Quatro Publishing, 1991. ISBN 0-8230-2539-X. NA40.I45. p150.

Tiffany Blue Passion

Se você, assim como Audrey Hepburn em Bonequina de Luxo se sente atraída pela caixinha azul da Tiffany, agora você pode transformar o seu ambiente em uma. Ao que parece, a cor, antes exclusivas das famosas caixinhas, que já haviam ganhado os tons de bolsas, sapatos, roupas, acessórios, chega agora na decoração. Veja alguns exemplos de ambientes que apostaram no tal azul e ficaram mais glamurosos, tenho certeza de que você também vai se apaixonar...
As paredes azul Tiffany com frisos são puro charme.

Panorâmico da sala, destaque para o forro e as paredes com desenhos em autorelevo .



Detalhe da parede em autorelevo
O lindo sofá com com estofado em veludo azul Tiffany num ambiente preto com tons brancos.
O elegante quarto com azul Tiffany presente nas cortinas e paredes.
Tudo azul nesta sala de estar: das paredes aos estofados e acessórios.
Olha a elegância dessas cadeiras. Uma com listras brancas e azuis e a outra toda em azul Tiffany. No fundo a linda parede no mesmo e os vasos azuis no aparador branco.



A famosa caixa
Blue Box
A tradicional caixinha azul (conhecida como Blue Box) marca da joalheria Tiffany & Co foi adotada em 1837 e logo se tornou um dos ícones da economia americana.. A cor azul (na verdade um azul turquesa) foi registrada como marca pela Pantone pelo número 1837 (mesmo ano de fundação da Tiffany), passando a ser utilizada em suas sacolas, embalagens e material promocional. Ao longo do tempo a cor se tornou parte da identificação da marca. Batizada de Tiffany Blue, ela passou a garantir que os embrulhos envolvendo os presentes da loja fossem reconhecidos a muitos metros de distância. Em 1845 foi lançado o primeiro catálogo da loja, o famoso: The Blue Book.


Incorporada a cultura americana, a Tiffany passou a fazer parte do momentos de celebração na vida das pessoas, e o referido tom de azul intrisecamente identificadao á marca tornou-se ao longo do tempo símbolo de diversidade, bom gosto e elegância. Socialites, top models, figuras do showbusiness e "apaixonados" em busca do anel de noivado, todos cobiçam uma preciosidade que leve a assinatura da famosa joalheria.
* * *
Além das jóias, relógios, artigos de prata, acessórios de moda, a companhia resolveu levar todo o charme e sofisticação da joalheria eternizada na pele de Audrey Hepburn em Breakfast at Tiffany's também para a arquitetura. Seguindo uma tendência, em que grandes grifes se aventuram na decoração de suítes de luxuosos hotéis espalhados pelo mundo, a Tiffany redecorou um andar inteiro do Hotel St Regis em Nova York. Veja o resultado abaixo:
A sala de jantar com a característica cor da marca: o azul Tiffany.
Sala de estar na Suíte Tiffanys no Hotel St. Regis em Nova York
O quarto da Suíte Tiffanys no Hotel St. Regis em Nova York. Reparem no detalhe das flores de porcelana nas paredes.

Breakfast at Tiffany's
Coque alto ornado por uma tiara, vestindo um Givenchy, colar de pérolas no pescoço, segurando um café, mordiscando um croissant, olhar de cobiça, mira a vitrine e diz: "É tudo que se pode desejar". A garota em questão é a irreverente Holly Goligthly, o filme, Breakfast at Tiffany's, título em inglês de Bonequinha de Luxo, filme de 1961, baseado no livro homônimo, escrito em 1950 por Truman Capote, especialista em crônicas da socieade nova-iorquina.
Audrey Hepburn

Cena de Breakfast at Tiffany's
Com Audrey Hepburn no papel da garota de programa que sonha em casar com um milionário e cuja máxima ninguém esquece: "Nada de ruim pode acontecer a você na Tiffany". A cena em que a atriz contempla a vitrine Tiffany & Co., enquanto seu príncipe não vem, é uma das mais celébres do cinema e imortalizou a marca. O filme reforçou a imagem da marca como símbolo de algo bonito, exclusico e também de um lugar muito agradável de ir.   


O Turquesa
O turquesa é uma cor atraente, transmite segurança, tranquilidade e a maioria das pessoas responde com positividade. Inspira pensamentos calmos e uma fuga dos problemas diários do mundo (por ser relacionado ao mar e ao céu).
O tom está à beira do azul e do verde, o que o torna tanto convidativo e sereno – características associadas ao azul – quanto revigorante e luminoso, que vem do verde. Combina com cores quentes ou frias. Cria vivacidade sobre cores neutras e marrons, complementa vermelhos e magentas, harmoniza-se com todos os outros verdes e especialmente com verdes amarelados.
Apenas uma pitada já deixa as nossas casas mais alegres e iluminadas. Como é uma cor vibrante e que se destaca muito, se você prefere uma casa mais discreta, basta investir em detalhes – almofadas, vasos, papéis de parede ou pinturas. Mas se você não tem medo de ousar, pinte as paredes ou os móveis e deixe a sua casa com uma cara super atual. Vejas mais imagens e inpire-se.
Azul Tiffany + colorido: salas com paredes azuis e acessórios coloridos.
Só a poltrona azul Tiffany, num ambiente bege com detalhes pretos.
Decor branco e preto com vaso lindo no aparador!  / Esse loft tem a parede inteirinha pintada de azul e um decor meio retro
Azul Tiffany, azul aqua, azul turquesa, pouco importa. Definitivamente, virou moda e cor vem sendo muito bem explorada. O fato é que esta cor traz sim, alegria e boas energias e diante dos estresses dos últimos anos a invasão azul Tiffany está explicada, não é mesmo?

domingo, 9 de outubro de 2011

Cozinhas Modernas

Referida, muitas vezes como o coração da casa, a cozinha é um lugar para preparar e cozinhar alimentos e, dependendo do tamanho, pode ser usada para comer e entreter os convidados. Nas antigas casas gregas, esta divisão era um pátio central aberto, e foi por volta de 1800 que o fogão em chamas tornou possível cozinhar dentro de casa. Com o avanço da tecnologia, foi-se aprimorando o design das cozinhas e a sua eficiência. A introdução da ilha no meio da cozinha trouxe mais flexibilidade para o posicionamento dos armários de cozinha e do lava louças, e tornou possível a introdução de planos abertos de cozinha e sala de jantar.
Então vamos lá. Confiram algumas fotos de cozinhas modernas e bonitas para você colocar em sua casa. São fotos de cozinhas modernas, retiradas da internet no Brasil e no exterior. Encontre ideias de design moderno de cozinhas, nestas fotos:











cozinha moderna é o centro da casa, é onde está a ação, mas também, onde encontra a calma necessária para recarregar baterias.


Como plantar sementes

Sementeira
Germinar sementes é fácil, basta seguir alguns cuidados.
Foto: Daniel Morrison


A produção de mudas de plantas através de sementes é tarefa geralmente simples, mas que exige alguns cuidados básicos. Ela pode ser feita em bandejas, tubetes, vasos ou saquinhos próprios para mudas. Em casa é possível aproveitar embalagens de garrafas pet, caixas de leite, latas, potes, bandejas plásticas, caixas de ovos, etc, perfazendo uma infinidade de recipientes recicláveis. O tamanho do recipiente é importante e está diretamente relacionado com o tamanho esperado da muda na época de transplante. Mudas de árvores e arbustos se desenvolvem melhor em embalagens maiores, enquanto que plantas herbáceas, como flores anuais, temperos e hortaliças, ficam bem nos menores. Recipientes de mudas podem ser reutilizados, mas é imprescindível que sejam escrupulosamente lavados e esterilizados antes de cada uso, evitando assim a transmissão de doenças entre os lotes. Algumas sementes exigem semeadura diretamente no local definitivo, pois são muito sensíveis ao transplante, como as cenouras por exemplo. Neste caso, prepare bem os canteiros e dispense os recipientes.

Sementeira
Até mesmo saquinhos feitos de jornal podem ser utilizados..
Foto: Jennifer
A escolha das sementes deve ser criteriosa. Elas devem possuir boa genética e serem livres de pragas e doenças. Sementes fracas e contaminadas são certeza de insucesso. Adquira sementes de empresas idôneas e responsáveis por sua qualidade, que fazem testes de germinação regularmente em todos os lotes. Escolha as sementes tendo como critério o local de origem das plantas e a estação do ano. Algumas espécies podem necessitar de frio para o seu desenvolvimento e desta forma não é indicado o seu plantio no centro-oeste, norte e nordeste por exemplo. Outras só devem ser plantadas na primavera, evitando-se as outras estações do ano.
Na maioria das vezes, quanto mais frescas as sementes, melhor é o seu poder germinativo. No entanto, muitas sementes de árvores, arbustos e plantas anuais, possuem dormência, o que faz com que o passar do tempo e das estações seja importante para a sua germinação. Essa dormência pode ser superada no caso de sementes duras de diversas árvores. Técnicas especiais de quebra de dormência, que podem incluir escarificação mecânica, imersão em água quente, ou até mesmo ácido sulfúrico, garantem germinação em tempo recorde e de maneira mais uniforme, facilitando o futuro manejo das mudas. Verifique sempre se as sementes que você está adquirindo necessitam quebra de dormência, para realizar os procedimentos corretamente, evitando frustrações futuras.

Estufa
Estufas simples podem ser construídas em qualquer cantinho.
Foto: Bev Wagar
Tenha em mente que o substrato ideal para o plantio está estritamente relacionado com o habitat da espécie escolhida. Cactáceas por exemplo, vão necessitar de um substrato mais arenoso. Plantas carnívoras preferirão turfas levementes ácidas e esfagno. Utilize substrato preferencialmente esterilizado, evitando assim que suas sementes entrem em contato com bactérias, fungos ou pragas, e desta forma apodreçam ou sejam devoradas antes mesmo de germinar. É possível comprar substratos prontos para semear, já fertilizados e esterilizados, mas a tarefa de encontrá-los pode ser difícil, então disponibilizamos uma receita simples, que deve funcionar bem na maioria dos casos:
  • 1/4 de terra comum de jardim
  • 1/4 de areia (ou vermiculita)
  • 2/4 de terra vegetal (composto orgânico)
Esterilize o solo, colocando-o no sol até secagem completa, revirando de vez em quando, perfazendo pelo menos 24 horas de solarização. Alternativamente é possível esterilizar o substrato colocando-o no forno por 30 minutos ou no microondas por 3 minutos para cada quilo de substrato.
Não utilize fertilizantes orgânicos não decompostos nesta fase, pois eles podem fermentar matando as pequenas plantas. Evite também o nitrogênio, pois pode ser muito forte para as frágeis raízes em desenvolvimento. No entanto, não abra mão de um bom fertilizante rico em fósforo e potássio, como um NPK 0.20.20, 0.30.20, ou 4.14.8, que garante raízes fortes e vigorosas, além de calcário para neutralizar o pH do substrato, evitando a toxidez por alumínio. Depois de completamente frio, adicione os fertilizantes e coloque o substrato nos recipientes (bandejas, potes, tubetes).

Sementeira
Sementes pequenas são mais facéis de distribuir com
a ajuda de um papel dobrado.
Foto: Dwight Sipler
Faça uma pequena cova e deposite de 2 a 5 sementes em cada tubete, saco plástico ou célula da bandeja. A profundidade de cada sementes deve ser calculada em função do seu tamanho e necessidade de luz para germinar. A regra geral é cobrir cada semente com substrato peneirado em uma camada com cerca de 2 a 3 vezes o seu tamanho. Algumas sementes são tão pequenas que não necessitam ser cobertas. Não esqueça de identificar cada sementeira com uma plaquinha de identificação.
Irrigue com água da torneira descansada, para evitar os efeitos danosos do cloro. A freqüência das regas deve ser o suficiente para manter o substrato úmido, sem encharcar. Se faltar água no processo de germinação das sementes, elas se desidratam e morrem. Utilize para irrigar um regador de crivo muito fino, ou até mesmo um pulverizador, evitando-se assim molestar as sementes. Após a germinação é possível reduzir gradativamente as regas, de acordo com o desenvolvimento das raízes.


Sementeira
Uma janela pode ser o local ideal para germinação. Repare
que os recipientes são biodegradáveis e não precisam
ser retirados no transplante ao local definitivo.
Foto: DrStarbuck
Mantenha em local de bastante luz, porém sem sol direto. O ideal é construir um pequeno viveiro aberto nas laterais e coberto com sombrite, para o verão e locais quentes, ou uma estufa coberta com lona branca ou transparente, para o inverno e em locais frios. Se não for possível, coloque em local que receba luz indiretamente, como uma janela pegando o sol da manhã ou da tardinha, protegido de ventos fortes.

Quando as plantas estiverem com 2 a 3 pares de folhas, faça o raleio, retirando cuidadosamente das sementeiras àquelas que forem mais fracas e doentes, deixando apenas uma em cada célula. As mudas saudáveis, retiradas durante o raleio, poderão ser repicadas (replantadas) em novos recipientes preparados. Depois que as mudas atingirem 10 cm de altura (para herbáceas e arbustos), ou 15 a 20 cm de altura (para árvores), o que se dá cerca de 30 a 45 dias após a germinação; elas poderão ser plantadas para local definitivo ou para recipientes maiores. O transplante é uma ocasião delicada, que exige mãos habilidosas. Ele deve ser realizado preferencialmente em dias nublados e úmidos, e, se não for possível este tempo, prefira transplantar à tardinha. Se efetuado de bandejas sem divisórias utilize um garfo para auxiliar.

Sementeira
A repicagem e o transplante são tarefas delicadas.
Foto: Dwight Sipler
Transplantar de saquinhos e tubetes já é tarefa mais fácil, mas exige igual cuidado. Plante as mudinhas em covas bem dimensionadas, fertilizadas com 150 gramas de esterco curtido e 30 gramas de NPK 04.14.08. Misture bem os fertilizantes e estercos com a terra. Acomode a muda no centro e preencha as laterais com a terra adubada. Cuide para que o colo da muda permaneça no mesmo nível do solo. 
Irrigue diariamente até o perfeito "pegamento da muda", ou seja, quando ela der claros sinais de desenvolvimento. Respeite o espaçamento entre mudas e entre linhas da espécie que você estiver cultivando.


Sementeira
Uma sementeira bem preparada e identificada.
Foto: Dwight Sipler
Algumas mudas podem necessitar de tutores na fase de transplante, como árvores e trepadeiras, evitando assim tombamentos acidentais enquanto não estiverem fortes e enraizadas. Proteja as mudas de formigas cortadeiras com produtos específicos para este fim.
Por fim, desejo boa sorte a todos os jardineiros que se aventurarem no plantio de sementes. O plantio das suas próprias mudas de plantas ornamentais e hortaliças é uma tarefa realmente gratificante, mas o trabalho não termina por aqui: o cuidado com as plantas deve ser contínuo, não deixando faltar água e nutrientes, fazendo a manutenção com podas e tutoramentos e resguardando-as de pragas e doenças.

Texto: Raquel Patro



sábado, 10 de setembro de 2011

Armário é peça-chave no banheiro pequeno

Gabinete abaixo da pia é utilizado para aproveitar espaço
(Projeto Sumaya Bichir)
De simples peça para organizar utensílios pessoais e de higiene, o armário de banheiro se transformou em elemento que agrega estética diferenciada e praticidade ao ambiente. Na hora de escolher o armário, a ordem prestar atenção no tipo de material utilizado na fabricação, na cor para garantir boa composição e no tamanho da peça, para que o espaço seja aproveitado da melhor maneira possível.
Com os banheiros cada vez menores, o mercado apresenta diferentes soluções de utilização do espaço. De acordo com a arquiteta Roseli Ginart, de São Caetano, as opções mais procuradas, atualmente, são os armários situados entre o tampo sanitário e o box. “Observamos também a volta do armarinho de parede, alguns deles com a frente toda espelhada”, lembra.
Para Sumaya Bichir, também de São Caetano, o gabinete abaixo da pia ainda é uma solução muito usada. “Mas hoje em dia uma opção interessante são nichos na área do box, que servem para colocar shampoos e outros utensílios”, destaca. Entre os materiais utilizados se destacam a laca rugosa, a fórmica e o gofrato.

Projeto de Roseli Ginart usa pastilhas no tampo do armário
Pastilhas coloridas
Roseli afirma que o material mais resistente à umidade é a fórmica. “Também é possível revestir estes itens com outros tipos de materiais, como pastilhas de vidro. Uma composição muito bonita é utilizar azulejos brancos e o armário revestido em detalhes coloridos de pastilhas”, conta Roseli.
Na opinião de Sumaya, a cor do armário deve ser a mais neutra possível. “Deste modo, os detalhes, como pastilhas ou cubas, se destacam e criam uma composição harmônica”, comenta a arquiteta.
Qualidade da madeira é importante 
Outra matéria-prima bastante utilizada em armários de banheiro é o compensado naval, material com madeira mais resistente à umidade. O compensado utiliza cola imune à água na junção das lâminas de madeira que o compõe para não correr o risco de descolar.
“Revestido com fórmica, fica quase que indestrutível pela umidade. Mas não podemos nos esquecer que a cola resiste, mas a madeira natural, se molhada por longo período, acaba apodrecendo”, conta Sumaya.
Segundo Roseli, a madeira pode ser usada em ambientes úmidos desde que revestida. “O material aglomerado é de boa qualidade, mas não deve ser usado jamais em banheiros, pois não resiste à umidade”, afirma. A madeira MDP, que significa painel de partículas de média densidade, é um tipo de aglomerado melhorado, com três camadas, mas que, na visão da especialista, também não deve ser usado em áreas molhadas.
Um dos tipos de madeira mais populares é a MDF, cuja madeira é desfibrada e não serrada. “Esse tipo de material pode ser fornecido já com acabamento em BP (o mesmo do MDP) e fica parecido com a fórmica, mas deve ser usado em locais onde não têm previsão de molhar ou ter umidade”, conta Sumaya.

Barcelona da 'nova urbanidade': regeneração do desenho urbano

No período de transição para a democracia espanhola (1976-79) e nos primeiros anos da administração socialista (1979-86) houve um esforço por parte da administração municipal em garantir que a voz da população fosse ouvida com o intuito de equalização das condições de vida nos espaços da cidade. Em1987 o arquiteto catalão Oriol Bohigas professor da escola de arquitetura de Barcelona e integrante do escritório MBM (Mackey, Bohigas e Martorell) assume o órgão de planejamento e inicia uma etapa de intervenções urbanas que propunha a construção de obras consideradas importantes para cada bairro da cidade (habitação social, estacionamentos, novas praças, espaços públicos, escolas, etc.) Está ai embutida a ideia de reconstrução de cidade através da intervenção em vários fragmentos dela.
Essas pequenas atuações locais (que após 1986 serão marcadas por profundas mudanças de escala e complexidade) eram denominadas "acupuntura urbana", metástase benigna ou mesmo "gotas de azeite" termo que Bohigas gostava de usar por passar certa ideia de osmose. Quando se melhora um espaço público, os privados, que estão a sua volta, também melhoram, como uma gota de azeite que vai se espalhando por um papel "poroso."
Figura I - Vista aérea de Barcelona Fonte Aldas Kirvaitis (Flickr)
  • O Plano das Cem Praças

Com Oriol Bohigas a frente da diretoria de planejamento deu-se em Barcelona uma grande transformação. Novos parques e praças e praças surgiram em meio ao tecido urbano e antigos prédios foram reconstruídos e reabilitados. Ao todo cerca de 160 projetos de intervenção urbana que radicalizaram a proposta de pequenas intervenções pontuais com a construção de mais de 100 praças, no intuito de causar um reurbanização geral.
Pretendia-se tornar estes espaços, ainda que em dimensões pequenas 'intervenções estruturais', não por sua escala, mas por sua intensidade e profusão.

A Arquitetura após o 11/9: o fim dos arranha-céus?

"A Arquitetura é a vontade de uma época trasladada para ao espaço."  Miers van der Rohe

Depois de se repetir em Nova York o mito da torre de Babel, derrubada porque pessoas de diferentes culturas radicalizam e se agridem, arquitetos de todo o mundo chegaram a um dilema: compensa construir torres que arranham o céu? 
Projeto do novo World Trade Center, com a Freedom
Tower se destacando com seus 417 metros - sem
contar a antena (Foto: The New York Times/
Siverstein Properties)
Com os pouco mais de 417 metros de concreto e ferro das torres gêmeas vieram abaixo também uma série de conceitos e valores. Os atentados levaram os arquitetos a repensar os valores de uma época em rápida mudança.
Tão logo que, dias após o ataque ás torres , dezenas de escritórios de arquitetura novaiorquinos se reuniram para tratar do assunto, onde surgiram mais dúvidas que certezas. Não somente porque tais edifícios emblemáticos se tornaram alvos e símbolos perfeitos para atentados terroristas. Inúmeras questões técnicas foram se acumulando e, a medida que aqueles crimes só fizeram crescer o debate dessas questões, também aumentavam os custos representados pelas novas exigências de segurança.
Baixo Manhattan e o World Trade Center logo após o ataque. Fonte: spaceimaging.com.

Em meio a silêncios e respostas diversas, chegou a ser vislumbrado "o fim da era dos arranha-céus". Era o que decretava um polêmico artigo de autoria de dois teóricos americanos do urbanismo, James Howard Kunstler e Nikos A. Salingaros. Publicado em 17 de setembro de 2001, ou seja, menos de uma semana após o atentados, o artigo é um bom exemplo dos extremos que foram as respostas do mundo da arquitetura após a tragédia.
Passado o abalo com a tragédia, dissipado a poeira, a vontade da época parece ter mudado. Os atentados de 11 de setembro de 2001 não desmotivaram a construção de arranha-céus, já que curiosamente, sete dos edifícios mais altos do planeta foram construídos depois dos atentados de 2001. 
Antes do "9-11", nome que nos remete á data do 11 de setembro, as torres do WTC ocupavam então a 5ª e a 6ª posição entre os edifícios mais altos do mundo.

  
Seguindo em construção, no projeto do novo World Trade Center, a torre mais alta (Freedom Tower, foto no início do texto) deverá atingir os mesmos 417 metros da mais alta das torres gêmeas. No seu topo uma antena se estenderá até 541,32 metros de altura, equivalentes a 1.776 pés, que é a medida padrão nos EUA. Os 1.776 pés de altura são menção proposital ao ano em que a Declaração da Independência Americana foi assinada. Bem diferente do que previu o artigo de Kunstler e Salingaros, a altura dos arranha-céus não se tornou um símbolo do medo, mas passa a ser usada como referência a liberdade e ao patriotismo dos americanos.

Pós-tragédia
Após os atentados de 11 de setembro, as reações foram as mais caóticas com relação aos ataques, entre os arquitetos, e as especulações sobre como proceder a respeito das torres caídas. Naquele momento arquitetos e construtores se deparam com um grande dilema: as torres deveriam ser reerguidas (pois o terreno onde estavam é supervalorizado, há demanda para todo o espaço construído que elas representam e há um questão de orgulho nacional)? Ou, ao invés disso, deveria ser construído no local um monumento em memória dos que ali morreram? Havia ainda uma terceira possibilidade que era fazer ambos, os edifícios e o memorial, como uma solução de convergência, acirrando ainda mais os debates.
Antes do fim de 2001, a galeria de arte novaiorquina Max Protetch convocou cem arquitetos para fazerem propostas de novos projetos ao WTC. Variando entre propostas sensíveis cheias de poesias que não poderiam ser construídas, projetos sensíveis que poderiam ser construídos, projetos utópicos que não poderiam ser construídos até projetos que apenas propunham um World Trade Center "maior e melhor", as propostas surgidas sinalizam a falta de unidade no pensamento arquitetônico á época.
Projeto vencedor do concurso promovido pela galeria Max Protetch, bem diferente do escolhido para reerguer o WTC (Foto: Reprodução/Max Protetch gallery/Allied Works)
Entretanto, o projeto que veio a ser escolhido viria de outro concurso, promovido em 2002 pela  Corporação de Desenvolvimento da Baixa Manhattan, responsável pela administração do terreno do WTC. O projeto vencedor é de autoria do arquiteto Daniel Libeskind. Contudo, sua proposta foi alterada por ter sido considerada vulnerável á ataques terroristas e nos anos seguintes a administração foi passada para o arquiteto David Childs, do estúdio Skidmore, Owings & Merrill (SOM), uma gigante da arquitetura americana.

Estudos e Mudanças
Após as ações terroristas, diversos estudos foram desenvolvidos acerca de novas medidas de segurança e mudanças conceituais para os futuros edifícios, levando em conta  as novas demandas em termos de proteção á saúde, segurança de ocupantes, visitantes e do público. O American Institute of Architects (AIA) promoveu em janeiro de 2002 um congresso em Albuquerque, nos EUA para discutir além dos novos conceitos construtivos, novas formas de integração dessas novas tendências com todo o ciclo de vida desses novos edifícios.
Afim de determinar as causas técnicas que fizeram com que as torres gêmeas não resistissem em pé as explosões, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (Nist, da sigla em inglês), órgão federal americano, conduziu estudos ao longo de três anos e ao final fez 31 recomendações com base em suas investigações.
O Nist recomendou mudanças em como deve ser o projeto, a construção e a manutenção dos novos grandes edifícios. Os pontos também foram propostos para os arranha-céus já existentes, de modo que seus administradores tentassem se adequar aquilo.
Passados 10 anos dos atentados, agora finalmente os Estados Unidos estão tornando oficiais as recomendações pós-11 de setembro. Desde 2009, os códigos de construção e de prevenção de incêndios usados como referência em grande parte do país passaram por mudanças importantes nesse sentido.
Entre os pontos incluídos nos códigos estão: sinais que brilhem no escuro nas escadas, para facilitar o fluxo em caso de acidente; a construção de uma terceira ou quarta rota de escadas, a depender da altura do prédio; distribuição mais espaçada dessas escadas no edifício, para que uma calamidade tenha menos chance de prejudicar mais de uma rota de fuga; reserva de água alternativa para os sprinklers anti-incêndio; proteção com paredes mais robustas em pontos específicos, como elevadores e eixos de escada; padrões elevados contra o fogo nos componentes estruturais de arranha-céus; amplificadores de sinal de rádio, para facilitar a comunicação de equipes de resgate em emergências; melhoria nos planos de evacuação e nos treinamentos e simulações contra desastre.
Da esquerda para a direita, o Taipei 101, em Taiwan, o Centro Financeiro Mundial Xangai, e o Centro Financeiro Ghangzou International, ambos na China. Os três edifícios foram finalizados após a queda das torres gêmeas (Foto: AFP/Arquivo)
No Brasil
Para a arquitetura e o urbanismo brasileiros discussões sobre recursos arquitetônicos de segurança nos edifícios construídos no caso de atentados terroristas é uma questão estranha. Enquanto os reflexos do 11 de setembro na arquitetura dos Estados Unidos e de outros países já estão de certa forma visíveis, no Brasil parece ainda não haver respostas concretas a essa questão. Despreocupação que talvez encontre justificativa pelo fato do Brasil, não ser conhecido por grandes arranha-céus.

Referências Bibliográficas
TITO, Fábio. Sete dos 10 maiores prédios do mundo foram erguidos após o 11/9. In. Portal G1 - 10 anos do 11 de setembro. São Paulo 05/09/2011. Disponível em: <Portal G1 - 10 anos do 11 de setembro>
MENDES, Carlos Pimentel. Arquitetura - arquitetos discutem arranha-céu. Perspectiva Ed. 101. Outubro de 2001. Disponível em: <Perpectiva - Arquitetura 101>

 
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